quarta-feira, 5 de junho de 2013

Repare

Há tempos não sentia saudade.
Na verdade, há tempos não absolutamente nada!
Me guardei num porão, dentro de um cofre velho.
Me arrisquei nos mais perigosos casos, vivi raso, fiz pouco caso do meu coração.
Contei vantagem por estar oca, vazia; esnobei casais apaixonados, jurei jamais ter uma paixão.
Me joguei. Joguei, julguei viver assim na solidão.
Hoje não me reconheço.
Pouco a pouco eu me perco, me envolvi, perdi a razão.

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