sábado, 1 de junho de 2013

Profeta




Não sei quem você esconde.
Não sei o que fizeram com você.
Às vezes você pára, simplesmente se desliga como se ali só restasse o corpo;
Sinto que vai longe. Viaja sabe lá pra onde e com quem. Sozinho, talvez...
Quem sabe até em companhia dos seus medos, traumas, fracassos, desilusões...
Te vejo e sinto além da capa, da máscara de tão bom rapaz.
Nem sempre tão bom assim, um cafajeste eu diria.
Cafajeste desalmado, como todo homem é.
E que toda mulher gosta.
Rapaz, essa máscara não te serve.
Sinto sua essência. É consistente!
Você não é superfície, como tantos, como os outros.
Você não é esse vazio, esse frio.
Esse seu olhar tão perdido parece pedir socorro.
Grita! Grita mesmo sem voz... Grita!
E quando você anda ao meu lado, essa sua postura - muitas vezes - retraída, demonstra tamanha insegurança.
Você anda como se protegesse o peito de um tiro.
Você fala como se quisesse calar qualquer voz ao pé do ouvido.
Você olha como não se importasse.
Você vive como se não tivesse outra opção.

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