Pra mim, os sentimentos sempre foram muito à flor da pele. A minha vida inteira foi marcada pela vontade de mostrá-los. Talvez isso venha desde o nascimento. Se tinha vontade de chorar, chorava muito, sem parar. Se estava irritada, eu realmente estava irritada. Quando criança, se eu gostasse muito de alguém, demonstrava isso de maneira fácil e escancarada. Já na adolescência, mesmo querendo gritar para todo mundo o que eu sentia, não deixava transparecer nem um fio de sentimento.
Já me apaixonei perdidamente e fiquei calada. Já tive muita raiva e não disse nada. Me privei de viver coisas e ter momentos que, talvez, poderiam ter sido inesquecíveis. Talvez, hoje, eu não me arrependesse tanto... Houve um tempo em que eu me encantava com tudo! Me apaixonei por um sorriso. Só por isso, um sorriso! E foi lindo, foi puro... Tive tantos amores platônicos. Daqueles que fazem você se sentir perdido, solto, leve e preso ao mesmo tempo. Dá pra entender ?
São coisas que não têm explicação. A gente sente e pronto. Basta uma simples palavra pra tudo ficar intenso, explosivo... Eu amei muito ! De verdade... Mas, um belo dia, tudo acabou. Sofri, chorei e cheguei a dizer que nunca mais amaria alguém da mesma maneira. Agora, veja como estou. Coração batendo mais forte, frio na barriga, me pego pensando em palavras, na voz, no cheiro... Isso tem nome. Por hora, não quero dizer o que pode ser. Mas é tão bom! É surpreendente!
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