segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Um Natal para nunca esquecer

Verão de 2012 e uma escala de plantão. Como véspera de aniversário, passei o dia introspectiva. Como se já não bastasse toda solidão, me desentendo com uma amiga logo no início da manhã. Sono, muito sono durante o dia. E sozinha em casa, procuro uma ocupação, uma roupa para lavar - literalmente. Choro. Como quem nada tem, como quem não deseja nada. Choro de tristeza por - talvez - não ter uma família enorme e comemorar esse tal Natal tão falado.

Agora entendo quando uma dia me disseram para ter amigos. Eles são ouro. Recebi ligações e convites lindos. Mas, com a voz tão embargada mal consegui responder e agradecer a gentileza do convite. Neguei todos. Talvez seja disso que preciso. Solidão e mais nada. Lavei roupa o dia inteiro. Explorei a máquina de lavar como se ela pudesse limpar meu coração de todo sentimento gelado. Nada adiantou. Quando não se tem um amor de verdade a vida fica muito cinza.

Termino minha noite com mensagens pesadas e cortantes. Choro novamente. É preciso humildade para reconhecer um erro e pular de etapa no jogo. Hoje aprendi que nem tudo é pra ser falado. Há coisas que simplesmente precisam evaporar. Bom Natal!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O corpo reage



Quanto te vi passar fiquei paralisado. Tremi até o chão como um terremoto no Japão, um vento, um tufão, uma batedeira sem botão... Foi assim, viu? Me vi na sua mão... - Pra Sonhar




Tinha tudo para ser uma simples quinta-feira 13. As coisas acontecem e não temos controle de nada. Aprendi isso hoje. Aprendi de forma violenta, sangrenta, na raça. Não sabia, muito menos imaginava qual seria minha reação ao pensar na possibilidade de um reencontro. Meu corpo reagiu. Assim, sem pestanejar. Eu tremi. Como um personagem de um desastre prestes a ser atingido por um tsunami. Eu tremi e senti medo. De repente, mesmo com o calor sufocante do Cerrado, me senti no Alasca.

Minhas mãos mal conseguiam segurar a bolsa. Não sabia o que fazer. Perdi o controle das minhas pernas e o equilíbrio do corpo. Como sustentar um corpo com pernas tão trêmulas? Difícil... Inquietudes provocadas pela simples constatação de ver o carro, ler aquela placa tão familiar. Não o vi, muito menos senti o cheiro do perfume. Fiquei desestabilizada...

Consegui me acalmar aos poucos. Menos o coração... Sofredor, continuou batendo forte, como se quisesse gritar, pular do peito e se despedaçar todo. Ele se controlou... Aos poucos foi se acalmando e batendo pausadamente. Só que eu já não sentia mais frio. Uma febre repentina tomou conta de mim. Meu rosto ficou quente, pegou fogo... Minhas mãos pareciam labaredas. Foi estranho.

Para falar a verdade, bem verdade mesmo... Tive vontade de sumir. Talvez me esconder numa cratera aberta de forma repentina numa descarga elétrica. Hoje me estranhei. Não me reconheci sentindo esse alvoroço todo. Hoje eu entendi que não há o mínimo de condições de manter qualquer elo. Não há possibilidade de uma aproximação. Sua presença me causa medo. Você me incomoda.



sábado, 10 de novembro de 2012

O que eu fiz



Novembro chegou. Não veio doce. Novembro chegou amargo e cheio de nostalgia. E quem diria, não é mesmo? Há exatamente doze meses - ou quem sabe um ano, estava eu aqui chorando e me lamentando de um amor mal correspondido. Sofrendo dia e noite por um sentimento doentio e possessivo. Só me fazia mal.

Novembro de 2012 veio mais realista. Não me deixou seca de sentimento, mas trouxe chuva! Fez questão de me provar que eu podia suspirar novamente. Suspirei! O ano foi cheio de surpresas e eu arrisquei emendar esse coração despedaçado. Ê, coração... Resistente músculo! Tratou de se curar rapidinho. Eu agradeço.

Não passei o ano chorando por palavras mal colocadas. Passei boa parte dos meses ouvindo palavras muito bem expressadas. Senti o melhor do que podemos chamar de paixão. Sim, eu sei... Às vezes é impossível amar sem ter 12 anos. Mas, desta vez foi diferente. Agora, senti a calmaria que a primavera trouxe.

Confesso que às vezes ventos fortes insistem em aparecer, mas já estou acostumada com eles. Nada como um temporal para esquentar um novo amor. Agradeço. Que dezembro seja palco de uma nova história.




quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Outubro

Outubro já está quase no fim e eu nada escrevi. Sobre o amor não disse nada. Nem mesmo as desilusões quiseram me inspirar. Felicidade engorda. Fato! Felicidade também me trava a escrita. Alegria demais amarra...

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Carta aberta


Desejo que não mais diga meu simples nome em vão.
E quando acordar com raiva, indignado com a vida, não relacione o fato a minha pessoa.
Siga em frente e finja que eu não existo - assim como tenho feito com o que sobrou de você em mim.
Divirta-se! Saia de casa sem medo de me encontrar por aí.
E, se um dia me encontrar, faça de conta que nunca me conheceu. Acredite, farei o mesmo.
Cansei de ouvir versões de uma música mal cantada.
De verdade, estou bem exausta desse jogo de disse-me-disse.
Não estrague mais o meu dia com o simples fato de existir. Não exploda meu coração com esse bombardeio de mentiras e falsas afirmações.
Não quero mais ouvir esse papo de "cada um tem uma versão". Por favor, há apenas uma versão interpretada de duas formas: A minha e a sua.
Eu vivi e senti 100. Você viveu e sentiu 0. É assim. É a vida. Já me conformei e entendi que não aconteceu da mesma maneira. Basta!
Então, pra quê dar ouvidos ou alimentar a curiosidade alheia?
Não há motivos para continuar abastecendo essa lenda sem fim.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Aquilo que fica

Já li muitos textos que falam de saudade. Me identifiquei com os mais melancólicos, claro. Nasci fazendo drama. Sou assim desde menina e assim sempre vou ser. Hoje, especialmente hoje, acordei com essa tal saudade cravada no meu peito. Necessito fazer algumas pequenas observações:

 Dizem que saudade não tem cheiro, que não tem cor e que é ruim. Dizem que saudade te deixa triste, abalado, choroso, meio pra baixo. Porém, as pessoas têm essa mania de confundir tristeza com saudade. Talvez, uma boa lembrança possa te deixar um tanto saudoso, nostálgico até... Já a tristeza é diferente.

Saudade é cinza. É justamento em dias nublados que ela insiste em aparecer. Não é preciso lembrar de absolutamente nada. É só olhar o cinza e a saudade gritar aqui dentro. Neste momento, olho pela janela e vejo o céu escuro. São cinco da tarde e tudo lá fora desperta lembranças.

O vento me faz lembrar das tardes frias de novembro, tardes felizes em companhia de pessoas que um dia foram especiais. A sensação de frio, mesmo com esse calor aqui na sala me deixa confusa. Saudade tem cor sim.

Digo mais, saudade tem cheiro. O cheiro de pepino, por exemplo, lembra minha infância. Recordo das manhãs ao lado do meu pai olhando a plantação de pepino. Lembro que ele colhia um bem fresco, cortava, colocava um pouco de sal e me dava como se fosse meu café matinal.

Eu achava tudo muito incrível e amoroso. Recebia o pepino cortado e comia com gosto. Até hoje, quando corto um pepino, volto aos meus 04 incríveis anos! Esta é uma lembrança que tenho saudade. Sim, saudade tem cheiro também.

É, concluo que saudade tem cheiro, tem cor, tem sentimentos. Não é ruim ter saudade. Ruim mesmo é não senti-la. É não se permitir recordar aquele cheiro de um certo perfume, a lembrança de um rosto, um beijo que ficou marcado, um abraço sincero. Triste mesmo é não saber sentir.



quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Homem carente


Pior que mulher oferecida e carente, só mesmo o homem carente e desesperado. Gruda igual chiclete, dá nos nervos ter um homem desses assim por perto. Comparo esse tipo de homem a uma metralhadora descontrolada: Atira para todos os lados.  Não tem foco. E quer saber? Fica completamente desfocado para a maioria das mulheres.

Sem objetivo aparente, segue o carente entre os mais variados tipos de mulheres. Altas, baixas, loiras, morenas. Para ele, não há parâmetro. Não importa nem mesmo se o alvo tem algum compromisso ou está disponível. Qualquer jogo é jogo. Qualquer mulher é mais uma para atacar. Ridiculamente ridículo! Não existe outra palavra para definir ou explicar a capacidade imbecil que um homem desesperado pode ter.

É uma cilada! Toda mulher sabe, sente e enxerga de longe esse tipinho solto por aí. Cair fora é a melhor saída. Ou melhor, não embarcar nessa é a melhor opção. Prefira ficar sozinha do que rodeada de homens carentes e atiradores de araque. Já diz o velho ditado: Antes só do que mal acompanhada!

Ps. Palavras de revolta de um dia tumultuado. Hoje foi difícil engolir uma certa situação!




terça-feira, 18 de setembro de 2012

Ridicularidades

No amor somos imbecis. Verdadeiramente idiotas e não enxergamos assim. Só se mede o nível de ridicularidade quando estamos com a mente em estado normal. Exposição é a palavra que define os amantes intensos. Alguns podem até chamar de apaixonados. Amantes ou não, o que é fato é a capacidade de nos tornarmos tão ridículos.

Já dizia o poeta, "todas as cartas de amor são ridículas. Não seriam cartas de amor se não fossem ridículas... " É, e Fernando Pessoa tinha razão. São mensagens cheias de mimimi, ligações fora de hora, declarações descabidas e sem lógica alguma. Será possível um amor racional? Aliás, ser frio é ser racional? São muitas perguntas... Talvez nenhuma delas tenha resposta. Amor é para viver e não explicar. Acho que deve ser assim.

E mesmo depois do fim, há aqueles que ainda guardam um pouco (ou muito) do outro dentro do coração e da memória. Tentam a todo custo recarregar a bateria de um sentimento já desgastado e jogado no lixo. Relembram conversas, mensagens, promessas e planos feitos no calor do sentimento e no auge da loucura. Não dá para cobrar o contrato assinado em um momento de insanidade.

Outro dia um amigo me mostrou dezenas de mensagens de uma ex-namorada. Depois de meses separados, a louca (como ele mesmo disse) decidiu mandar várias mensagens agradecendo por ter sido namorada dele. Como assim? Ela agradecia por tudo! Pela companhia, palavras, beijos, compreensão e etc. E ele, típico macho-leão, respondeu friamente em uma única mensagem. Mais seco, só Brasília no mês de Agosto.

E assim, depois de ler as mensagens da louca ex-namorada e a resposta do macho-leão, pensei como eu também fui ridícula! Me senti envergonhada por todas as loucuras que já fiz um dia. Lembrei das minhas centenas de mensagens e emails enormes que eram respondidos apenas com uma mísera linha ou nem respostas tinham.

Sinceramente, ridícula ou não, ainda prefiro seguir o que o poeta concluiu no poema:

    (...)
    As cartas de amor, se há amor,
    Têm de ser
    Ridículas.

    Mas, afinal,
    Só as criaturas que nunca escreveram
    Cartas de amor
    É que são
    Ridículas.


Vai acontecer

Vai acontecer um dia. É o que dizem. Não se sabe quem, nem quando virá. O que todos dizem é que esse dia vai chegar. Talvez eu esteja na porta da desesperança ou no último degrau da ilusão.

E quando estamos assim passamos por um território perigoso e cheio de armadilhas. Confundimos qualquer atenção com interesse. Cuidado! É preciso cuidado para não pular de um prédio esperando alguém te segurar lá embaixo.

Não, ele não vai estar lá te esperando cair nos braços dele. Pode ser que até esteja, mas provavelmente se afastará do lugar da queda. Afinal, quem seria tão louco assim de arriscar a própria vida para salvar um desconhecido?





quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Sonolência

Nunca briguei com a cama. Mesmo me sentindo péssima e enfrentando problemas terríveis, nunca perdi o sono. Sinto prazer em dormir. Normalmente são 9, 10 horas por noite. Mas, ultimamente, tenho dormido quase 13.  E o pior, já acordo com vontade de dormir outra vez.

Meu corpo me pede para dormir a todo momento. Talvez seja minha mente, já tão sobrecarregada. Não quer mais trabalhar, pensar ou fazer qualquer esforço. Meus dias se resumem apenas ao sono em excesso. Acordo mesmo porque preciso trabalhar e estudar. Mas é só ter uma folga para eu passar o dia inteiro em casa dormindo...

Não é bom carregar essa sonolência toda. Perco o dia, perco a vida lá fora, perco o agora. Acho que me perco também... O problema é não saber encontrar o caminho de volta e acordar, literalmente, para a vida! E  eu não sei... Definitivamente, não sei como voltar. Então, assim eu durmo... Eu apenas durmo.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Anestesia

Quando o coração não responde é sinal de que a anestesia ainda está no seu organismo. Na verdade, o próprio coração é quem produz essa tal anestesia capaz de te deixar imóvel.

Não há como se mover, comover, remover qualquer coisa do lugar. Tudo continua como está. Nada muda e isso me incomoda. O que fazer? Nada! Agora é deixar o efeito da anestesia passar e ver o que acontece.

Talvez não aconteça nada, talvez tudo permaneça como está. Há certas coisas que não adianta mover uma palha, elas simplesmente não vão mudar.

Afobação

Não se afobe, não. Já dizia Chico Buarque na música Futuros Amantes.  É verdade, nada é pra já.  Na verdade, o coração de quem ama é que é apressado. Exagerado em tudo é este nobre órgão que pulsa aí no seu peito.

Não mede esforços para reatar laços, rever aquele rosto calmante ou se desculpar por qualquer deslize - por menor que seja. O coração é cara de pau. O meu é tão sem vergonha que não se importa mais em ouvir nãos. Ignora todos e segue feliz.

Vivo entre extremos movida pelo meu coração tão batalhador. Se apaixonado, amolece. Já quando é rejeitado faz greve de fome e quem padece é o corpo. Não reclamo. Aceito e agradeço a emoção que vier.

Não nasci pra viver quieta, sem ter alguém pra suspirar. Gosto de dormir relembrando cenas, criando diálogos não ditos, refazendo roteiros não realizados. É meu exercício diário. Geralmente não costumo me lembrar dos sonhos ou pesadelos que tive. Mas me sinto diferente quando sinto que em sonho vivi um grande caso de amor.

E assim deixo que minha vida se complete. Desejo que eu saiba medir a temperatura certa desse entusiasmo e que jamais deixe o amor passar do ponto e transformar-se em loucura.

domingo, 9 de setembro de 2012

Prometo

Como pode um coração que já mentiu tanto prometer alguma coisa a outro coração tão machucado? Não dá para  explicar, muito menos tentar entender. Mas se eu pudesse, não tenha dúvidas, te prometeria respeito - antes de qualquer outra coisa.

Na verdade, você não quer que eu prometa nada. Talvez queira apenas que eu não exista e ponto final. Como a vida não é tão simples assim e ninguém tem varinha mágica, vou te prometer mesmo assim. Prometo ser paz para os dias mais tumultuados. E, mesmo de longe, torcer para que ninguém te tire do sério e te faça sofrer.

Prometo não interferir nas suas escolhas e deixar que se aproximem de você, sem guardar nenhuma mágoa ou ciúme fora de hora. Também prometo guardar intacto o amor que sinto. Ok, eu sei que pra você não faz a menor diferença. Mas acredite: ele te fará bem em algum momento da sua vida. Vou ficar de longe, sem me mover ou tentar explicitar o que sinto.

Prometo silêncio contínuo. Afinal, palavras são insignificantes para um coração que já não acredita em mais nada. Te prometo lealdade, fidelidade, amizade. Te prometo ficar distante. E, talvez, quando você quiser se aproximar, terei a paciência de esperar e aceitar.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Amar é ...



O amor é uma CPI. Amar é usar o direito constitucional de permanecer calado e deixar que os olhos se entendam. É contar até 10, 100, 200 mil vezes para não magoar o outro. É saber medir o descontrole corretamente. É não julgar atitudes, é ouvir. O amor é simples, as pessoas que o complicam. Não é preciso fazer perguntas ou levantar dezenas de questionamentos. Sinta-o... Deixe que o amor flua no ritmo de cada um. Pode ser que seja breve, pode ser que não seja nada. Pode ser. 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Coisas do coração

Às vezes a gente ama e nem sabe o motivo de tanto sentimento. E aí, o tempo vai passando e apenas as migalhas acabam nos alimentando. Perigoso demais! Tão perigoso que mata. E eu morri. 

Chega a ser loucura esse descontrole emocional. Não se mede consequências, muito menos os meios de cometer erros graves. Dá medo. Que medo!

Amor é pra ser leve. Amor é transparente e precisa ser cultivado. Amar só pode ser bom. O resto é qualquer coisa,  menos amor.

domingo, 2 de setembro de 2012

Putrefação


Escória, podridão, ferida que não sara.
Dor aguda, punhal no coração...
Sangue, raiva exposta na cara.
Espelho, reflexo da ilusão.
Dor maldita! Não se cala.
Desperdício, inundação de rio.
Chuva de granizo, vento forte, bicho no cio. 
Tempestade! 
Trovão e raio! Flecha certeira, flecha que mata.
Tortura. Mazelas...
A pior das criaturas. Não é ser humano. 
                                            Nem de animal é chamada.
                                              Tem gênio insano. 
                                           É lixo! É contaminada!
                                           Não tem alma, também não tem coração.
                                             Vive solta.
                                         Se perdeu na solidão.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Carpinejando II


                                                  
A amizade é o traficante do amor. 
Carpinejar      

Posso eu dizer o contrário? 
Jamais! Se somos parte desse processo...
Pouco a pouco, um pouquinho de cada vez.
Amor... 
Ah, o amor!




sábado, 18 de agosto de 2012

Só podia ser você

E só podia ser você...
Simples assim... Só você!
Sem peguntas, sem qualquer explicação...
Chegou e pronto!
Arrasou meu coração.
Não pediu pra morar...
Abriu a porta e se hospedou.
Me ofereceu imensa paz...
Impossível dizer não!

Está chegando o dia...

O grande SIM!
Frio na barriga só de imaginar...
Será?
Ai ai, amor meu... 
Quanta ansiedade!
Que tudo saia perfeito!
Que nada nos atrapalhe!

Fofuras!

E tem coisa melhor que casar?
Gosto de novidade todo dia
Detalhes, fofuras... Quanta alegria!
Ah, como é bom amar!

E o amor deixa a gente assim tão doce
Nos dá ânimo! É gás! Tão bom...
Nunca imaginei que fosse
Te querer assim só pode ser dom.

E que dure...
Se eternize nossa singela vontade
Que sejamos complemento
E mesmo quando já for tarde
Que esse amor exista e insista em nos querer tanto assim!


Seja melhor

Impossível não te desejar felicidade!
Impossível não pedir que você se dê bem...
Seja melhor!
Arranque sorrisos de onde só há tristeza.
Seja você!
Volte a ter aquele sorriso singelo, sincero... 
Ah, eu sei que você vai voltar a ter.
Ame! 
De verdade e sem mácula.
Deixe exalar entre os poros essa essência que só você tem.
Não se envergonhe de tamanha sensibilidade.
Ame, viva e seja melhor!

Eu disse SIM!


E do inesperado surgiu um SIM!
Flecha errada, transformada em bênção.
Foi assim seu amor por mim.
Agora seremos só um...
Nunca mais estarei só!
Quem diria?
E logo no tão temido Agosto.
Estou certa de uma coisa: Foi a gosto de Deus!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Carpinejando

Não se domina a dor do amor, o único jeito é abandoná-la.
Carpinejar



Não adianta fugir ou tentar se esconder.
Quando a dor aparece, o jeito mesmo é sofrer.
Dor profunda essa tal dor do amor...
Atravessa qualquer estrutura, entorpece e dá pavor.
Ah, esse amor...
Faz as pernas tremerem. 
O coração diz sim;
A razão grita não!
O que fazer? 
Nada... Quando se chega a esse duelo
A batalha está perdida!




quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Alma



De tanto medo, às vezes parece querer sair do corpo.
Para esconder segredos, se retrai...
Se dói toda por dentro e chora.
Sente frio e permanece sozinha.
Deixo que me cale.
Fria, literalmente fria!
Congela-me os dedos o simples ato de pronunciar seu nome.
É tortura velada...
Esquivo-me do medo.
Corro e consigo me esconder.
Alma triste é uma tristeza só.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sou grata



Em plenitude de alma.
Provando o sabor mais singelo das coisas simples.
Agradeço!
Reconheço minhas fraquezas e tento não deixá-las à mostra;
Sigo feliz.
Sou grata pela vida e pelo dia de hoje.
Sou grata pelos acontecimentos de amanhã.
Não me preocupo com o que não aconteceu,
Muito menos com o que já passou.
Eu apenas sigo e agradeço.

sábado, 11 de agosto de 2012

Avesso



Normal seria tê-lo comigo
Sem medo, receio ou algo que te prenda
Peito aberto, sincero, sorridente
Como sempre foi...
Foi...
O que vejo hoje são marcas de um terremoto
Vejo o espaço que ficou
O vazio que te deixa mais longe de mim
E cresce...
Essa distância aumenta com o passar das estações.
E sofro...
Como quem nada quer
Alguém que nada espera!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Quem é ela?




De olhar fatal e um jeito só dela
Hipster, roqueira ou brega?
Não sei...
Quem é ela ? Quem é ela?
Dança É o Tchan, Calypso e Tecnobrega...
Mas não dispensa Sertanejo, Funk e pagode
Quem são seus amigos? 
Só quem pode! 
Ela não é pra todos.
Nem pra muitos...
Ela é de poucos!
Quem é ela? Quem é ela? 
O nome dela é Isabella!

Ps.: Especialmente para você! Confie! Acredite! Tudo já deu certo! 

Sou casca dura!



Por fora uma durona, mas por dentro é manteiga pura.
Aqui o sarcasmo grita!
Levo a vida na loucura.
Ritmo lento me irrita...
Mas a simplicidade me enlouquece ...
Quem me conhece firma amizade
Quem ACHA que sabe quem sou logo esquece!
Sou feita de gente...
Sou pro amor e morro de saudade!


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O que restou...



O mais cinza dos dias frios
Insulta-me sem estar perto
Escorrem lágrimas feito rio
Isso é o que você desperta
E essa saudade que eu sinto
É de longe o que ainda vou sentir
Me conformo e não ter mais nada
Me acostumei a não mais sorrir...

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Criminoso



Pegou sem pedir: furtou.
Arrancou com força, partiu meu coração: roubou.
Sequestrou meu sossego e encarcerou minha paz...
Fez de mim refém de uma amor que dói demais!
Me estremeço de pensar que andas solto por aí.
Vou te denunciar por não me amar e fugir...


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Surra


Um soco no estômago!
Provoca, pisa, atiça, castiga, esmaga o dedinho do pé.
Dor de quem bate na quina...
Enjoo do cheiro, tempero, gosto, desgosto por ainda me sentir assim.
Esqueço, rejeito, nego, me entrego de vez ao pouco que resta de mim.
Fico, choro, imóvel, me entrego pro sim.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Bagunça



Me descompassa o coração.
Acelera-me os batimentos...
Invento um jeito e rejeito teu jeito de não me querer.
Invade meu sono, meu sonho, risonho.
Desaparece do nada, sem nada, esquece e me faz padecer.
Perturba-me a alma, acalma-me o ser.
Faz de mim escravo e eu acho bom - por pior que possa parecer.
Me sequestra, me orquestra, completa sintonia dentro de mim.
Faz graça, repassa, ultrapassa qualquer limite imposto.
Tumultua, bagunça, faz folia em plena quinta-feira.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Vestígios


Às vezes ainda sinto aquela fisgada no estômago quando um detalhe reaparece. Uma foto que marcou, uma música mal interpretada, um aroma daquele tempo. Coisas que podem passar sem que ninguém note. Mas, esse tal "ninguém" não viveu todo sofrimento que eu vivi. Então, qualquer pequena informação relacionada com o que eu passei acaba reativando minha memória tão boa. Algumas vezes consigo ignorar. Mas, na maioria delas fica difícil não relembrar tantos episódios do filme de terror que protagonizei. Um longa metragem impossível de ser deletado da minha vida. Sou daquelas que acredita que nada é por acaso. Talvez, gravar cenas horrendas tenha me ajudado a não confiar nos outros. Hoje já não tenho medo de monstros ou fantasmas que rondam a madrugada. Mas confesso uma coisa: Minhas mãos gelam quando meus dedos ensaiam seu número.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Sou assim





Não gosto de superficialidades. Se quiser ficar perto, então meu caro, seja intenso. Não sei ser de outro jeito.  Gosto da profundidade das coisas.  Mesmo que elas doam, prefiro cicatrizes curadas a arranhões irritantes. E pra falar a verdade, sãos eles que doem mais. São as pequenas feridas que incomodam. Desculpe, mas sou assim.   

Não me abrace sem vontade
 não segure minhas mãos por piedade
 jamais me beije sem paixão.   
Esteja comigo por vontade 
e não por imposição!

terça-feira, 19 de junho de 2012

O leito de Procusto e eu

O leito de Procusto é a metáfora da medida única: se sobra, corta; se falta, estica.
De fazer caber em uma única cama o que, por natureza, não tem medida única. 




Te vejo de longe
E desejo sempre.
Busco nos mínimos detalhes moldar teu rosto.
Em qualquer estranho, a qualquer custo...
A teu gosto.
Insisto, luto, remo contra...
Inútil!
Tens esse dom que já passou da conta.
Não resisto!
Continuo e sofro.
Calada...
Sigo muda sem expressar qualquer gemido
Ou mesmo um grito de socorro
Com a minha voz tão embargada.

 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Coração



Até quando, coração?
Quando é que você vai deixar de me guiar?
Até quando vou sentir esse frio na barriga?
Ai ai...
Esse frio nas mãos, esse enjoo maldito...
Coração, você bate muito!
Não pare, mas amenize.
Continue comigo, mas tenha juízo.
Por favor, coração!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Não passou



As pessoas insistem em dizer que vai passar
Não passa!
Não diminui...
A dor é insolúvel.
Não ameniza, não evolui.
É triste ter no peito um amor mal resolvido.
Ouvir as dores do passado
Sussurrando ao pé do ouvido...


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Um pouco de você

Você pensa que está bem, curado, livre de qualquer lembrança e de uma hora para outra... Tibuuum! Explosão de sentimentos, lembranças, cenas, cenários, pessoas... Bem-vinda, nostalgia! Na semana em que completo 26 anos (Oh, meu Deus! É verdade mesmo? É verdade.) recebo de presente um caminhão. Não, não é o caminhão do Faustão. É um caminhão cheio de lembranças, dores, espinhos, feridas não curadas. Não dá para imaginar a cena. Além de dolorosa, essa imagem do horror deve ser nojenta também.
 E por mais que seus amigos digam o quanto você é forte e que você vai dar a volta por cima, nada é capaz de amenizar as contrações do coração. Coração tão machucado... Um verdadeiro sobrevivente! A todo momento parece querer expelir algo, gritar aos quatro cantos essa terrível constatação: Saudade doi.
 Não existe cor para a saudade, nem cheiro... Saudade não é gente! Ou não. Sei lá. Saudade massacra, machuca, castiga, fere... Saudade mexe com seu psicológico. Mexe e te faz revirar todas aquelas lembranças enterradas. E você vasculha tudo, cava e cava com as unhas. Acha uma, cata outra, limpa a terra de mais uma e já era. A tristeza volta com tudo. E não é atração física. É saudade do outro ser. É falta de sentir paz só de ter a presença. É desejo antigo. É excesso de bem-querer.

sábado, 26 de maio de 2012

Lembranças


Eu já não sabia como era passar o sábado de manhã em casa. Acordar tarde, escutar minhas músicas favoritas e simplesmente escrever. E me vendo assim, tão vazia de entusiasmo e coragem, sinto que ainda continuo cada vez mais presa ao fantasma de um passado não tão passado assim. Difícil... Essas coisas do coração não dá mesmo para entender. Mas quer saber? Não sei o que ainda permanece. Talvez seja uma certa nostalgia, uma lembrança boa que estava adormecida e que agora, na semana do meu aniversário, insiste em voltar e ficar. E daqui eu não passo. A muito custo consegui recuperar meu amor-próprio, minha dignidade. Agora não me permito mais escrever para quem não lê. E pouco me importa se ele não se interessa. Na verdade, importa sim. Às vezes,  raras vezes, paro e penso: E se passarmos uma borracha e começarmos do zero? Seria perfeito. Seria... As coisas não são tão simples assim. Infelizmente...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Desabafo

Você vive melhor quando deixa de se importar com DESINTERESSADOS!  Pessoas que não têm compromisso com absolutamente nada não merecem cuidados. Fuja! Corra delas! Falando abertamente, cansei dessa monotonia impregnada na pele, nos ossos, na alma... Cansei!
Não mais esperarei por acontecimentos falidos. Chega! Por hoje chega.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Quebra-cabeças

Estanhamento incomum de coisas normais.
Uma gota d'água fora do mar.
Sozinha...
Com tudo e nada ao mesmo tempo.
Como explicar?
Impossível! 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Intenso

De pegar fogo!
Não precisa de muito...
É só você me olhar assim tão bobo.
Me derreto e me entrego inteira.
E como uma flecha certeira,
me acerta o coração...
De molhar os cabelos!
Me aperta, me morde, me arranha...
Me deixa no chão...

Fim

Decidida.
Acordei com esse pensamento impregnado.
Deixar de ser, deixar de lado.
Às vezes é preciso matar o amor antes dele nascer.
Afogá-lo em lágrimas
para mais tarde não sofrer.
Necessário.
Eu precisei apagar esse amor incendiário.
Agora, sinto queimando as chamas dentro de mim.
Sensação estranha...
É o fim!

sábado, 5 de maio de 2012

Efêmero


Certeiro como um tiro.
Veio, se instalou e não disse a que veio.
Arrebatou-me de imediato.
Tentação...
Descompassou-me as pernas.
E também o coração - ou não.
Me tomou como refém
de um sequestro longo.
Não queria, evitei...
Síndrome de Estocolmo!


Obs.: A Síndrome de Estocolmo  é um estado psicológico particular desenvolvido por algumas pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Vazio



E é quando você não sente mais nada que bate aquela saudade.
Saudade do que nada foi um dia.
Saudade...
De ter, rever, reencontrar ou até mesmo desencontrar.
Saudade do que nunca tive.
Algo que nem eu sei o que é.
Vazio - É o que existe hoje.
Coração oco de qualquer ilusão.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Tudo novo (de novo)


Mar de rosas e furacão.
Desespero e perdão.
Altos e baixos...
Novamente, outro caso, de novo assim.
Acalma, coração...


sábado, 28 de abril de 2012

Você

 (w)


Provoca.
Me faz sentir as melhores sensações quando me toca.
E no calor das suas mãos,
me dou inteira pra você.
Sintonia.
Fogo intenso, uma grande folia.
Me beija, me morde, me arranha o queixo.
Me aperta sem vergonha e sem medo.
Eu  me entrego e sinto.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Abraço


O melhor de todos os abraços.
Daqueles de dar inveja.
Me fez perder o compasso.
Me dei assim de bandeja...
E quando me olha tão puro,
me entrego assim tão fácil e sinto.
Amo o seu cheiro e seu jeito.
Desejo...
Sempre e tanto! 

(w)




































segunda-feira, 23 de abril de 2012

Vai


Te deixo ir.
Vai... Pode sair.
Deixe o meu coração e desocupe a vaga.
Já era tempo, meu irmão. Não atrapalha!
Decidi que não decidirei nada mais por você.
Se é para ser assim, então te deixo ser.
 De hoje em diante não te escreverei mais.
Teu gosto agora é amargo.
Não me deixa em paz.
Vai...

Fato: Tudo passa


E você pensa que nunca, nunquinha, nunca mesmo vai se apaixonar outra vez... De repente, o amor invade o coração e faz toda e qualquer desilusão desaparecer. E é tão bom. Esse começo de recomeço é  lindo!  Hoje vejo que ainda sou capaz de amar... Muito! Viva, Luana. Viva! 

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Paixão

Esta música faz a leitura do meu coração...
E se hoje estou assim, amanhã talvez saia dessa ou não.
Espero não mais esperar.
E te amando sempre e tanto
desejo para sempre ficar! =) 


(...) Tens um não sei que de paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais.
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou.

terça-feira, 17 de abril de 2012

(rEs) PiRe



(Res) pire!
Olhe pra frente... Siga em frente.
Sempre!
Não escuta.
Finja que é surda.
Ignore.
Do outro lado da linha
existe apenas um galinha!
Não esquenta.
Aguenta!
Tanta coisa já passou e você ficou nessa.
Desamarra essa cara e vai ser feliz à beça.

Sonho?


Chorei.
Ao rever teu rosto e
sentir novamente aquele gosto,
eu simplesmente chorei!
Desesperada...
Chorei mais alto, mais intenso.
Chorei pra você me ver...
E viu. E não ligou, nem riu.
Apenas passou e saiu.

sábado, 14 de abril de 2012

Inacreditável

Ainda mexe.
Se não mexe, revira.
E embrulha meu estômago.
Não só ele, mas me embrulha toda.
Assim mesmo, de presente para você.
É só olhar para reviver  tudo outra vez.
Sentir as mesmas dores, aquele mesmo soco na barriga.
E arrepio!
Do dedão do pé até a ponta mais dupla do meu cabelo.
É estranho!
Machuca... Muito, ainda.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tão vivo


E ele continua vivo.Vivo e nítido com aquela carinha amassada de todas as manhãs. Seguimos com nosso diálogo interior. Explico sobre o que penso e ele tenta pensar o que escuta. Não entende. Não adianta, ele não consegue entender os meus motivos de ficar triste. Me pergunta, pela milésima vez, o por quê dessa melancolia ancorada. Nem eu sei dizer o real motivo de tê-la comigo. Talvez tenha nascido assim, com essa necessidade de ser mais. Ser mais feliz, mais amada, mais eu. As migalhas que ele me oferece, mesmo em encontros imaginários, não nutrem mais esta relação estranha. E mesmo quando estávamos tão perto, não parecia real. Há pessoas que sugam o melhor que você tem. E ele... Ah, ele arranca até os meus piores sentimentos. Desperta do amor mais sereno ao ódio fatal. E nesse jogo de altos e baixos, sinto-me cada vez mais viciada. Aceito os desencontros sem reclamar. Ele continua tão vivo...

domingo, 8 de abril de 2012

Domingo

Como outro qualquer.
Ou não.
Hoje o dia foi mais belo, recheado de ilusão.
Não vi o dia clarear,
tampouco se esvair.
Passei o dia a amar.
Eu sei mesmo é mentir.
Enganei dois corações,
parti olhares e fugi.
Vivi o outro lado do sofrimento.
Por um dia, me tornei algoz.
Ri do amor tão perfeito.
Sambei na paixão feroz!
A dor do outro foi tamanha
que acordei com um tapa.
Deus me livre ser assim!
Ser sem dor, ser estaca.

Olhos de ressaca


Como Capitu.
Acordo e sigo os meu dias com esse olhar perdido.
Amor e ódio misturados na íris escura.
Olhar de um ser desiludido.
De quem vive sempre nessa procura.
De algo ou alguém distante.
Sinto falta e choro a todo instante.
Sigo serena para não ficar.
Acho graça do esquisito.
 Me entristeço para não amar.
Me isolo.
E só, vejo como é bom ser dois.
E que mesmo sendo um,
deixo a vida pra depois.


sábado, 7 de abril de 2012

Chico e eu


Minha primeira experiência com Chico Buarque foi no ensino fundamental, numa aula de literatura. Lembro como se fosse hoje a professora entregando as folhas do exercício com uma letra de música para analisar. Tenho para mim que aquela professora vivia uma fase de volta por cima e precisava externar isso. Olhos nos Olhos então me tocou logo na primeira estrofe. Li aquela música, como quem vê o próprio rosto no espelho. Devia ter 11 ou 12 anos e não sabia nada sobre sofrer por amor ou levantar depois de uma rejeição. Mas aquela música me tocou e talvez tenha me preparado para este momento em que vivo agora. Copiei a letra dezenas de vezes, colei no caderno e lia diariamente, como um mantra. Hoje, ouço Olhos nos Olhos diariamente. Esta música se transformou na trilha sonora da minha vida. Vale postar este poema lindo. Então, leia, releia e interprete cada palavra que Chico escreveu. Este homem tão essencial, com alma de mulher.

Quando você me deixou, meu bem,
Me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,
Mas depois, como era de costume, obedeci.

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais

E que venho até remoçando,
Me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram,
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você.

Quando talvez precisar de mim,
Cê sabe que a casa é sempre sua, venha sim.
Olhos nos olhos,
Quero ver o que você diz.
Quero ver como suporta me ver tão feliz.