Você pensa que está bem, curado, livre de qualquer lembrança e de uma hora para outra... Tibuuum! Explosão de sentimentos, lembranças, cenas, cenários, pessoas... Bem-vinda, nostalgia! Na semana em que completo 26 anos (Oh, meu Deus! É verdade mesmo? É verdade.) recebo de presente um caminhão. Não, não é o caminhão do Faustão. É um caminhão cheio de lembranças, dores, espinhos, feridas não curadas. Não dá para imaginar a cena. Além de dolorosa, essa imagem do horror deve ser nojenta também.
E por mais que seus amigos digam o quanto você é forte e que você vai dar a volta por cima, nada é capaz de amenizar as contrações do coração. Coração tão machucado... Um verdadeiro sobrevivente! A todo momento parece querer expelir algo, gritar aos quatro cantos essa terrível constatação: Saudade doi.
Não existe cor para a saudade, nem cheiro... Saudade não é gente! Ou não. Sei lá. Saudade massacra, machuca, castiga, fere... Saudade mexe com seu psicológico. Mexe e te faz revirar todas aquelas lembranças enterradas. E você vasculha tudo, cava e cava com as unhas. Acha uma, cata outra, limpa a terra de mais uma e já era. A tristeza volta com tudo. E não é atração física. É saudade do outro ser. É falta de sentir paz só de ter a presença. É desejo antigo. É excesso de bem-querer.

Nenhum comentário:
Postar um comentário