sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Tempo de amar

Pronta para residir em um novo endereço.
Completa para um novo amor
Ou qualquer adereço.
É tempo de renovação e viver sem pudor.
Não desperdiça amor,  seja com quem for!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Abraço

Você pediu minha mão e eu te dei meus braços.
Sorriu de volta e me entregou um abraço.
Devolvi ou só recebi o enlace dos braços? 
Pouco importa...
Só sei que me sinto muito bem onde há braços!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Status de hoje


É preferível entrar num rolinho primavera do que insistir num relacionamento "fala sério".

Cerrado


Nasci com o coração de cerrado.
Basta a primeira falta de umidade (ou humildade) chegar pro coitado pegar fogo. 
Se derrete todo,  queima com chamas intensas e insanas,  parece gostar do fogo.
O problema é quando o incêndio acaba...
Só se vê devastação. 
Cinzas,  muita fumaça,  tudo destruído. Sinceramente,  é de cortar o coração. 
Ainda bem que sou cerrado! 
Me destroem fácil,  mas me recupero com a mesma rapidez do espalhar das chamas. 
Agora é só esperar as primeiras gotas de chuva (de carinho) pra eu me recompor e florescer novamente.
Porque a vida é assim,  tudo é transitório. 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Adeus




Te deixo ir. 
Liberto você daquilo que fiz de prisão aqui dentro de mim. 
Ninguém é dono de ninguém e cada um sabe o bem -ou mal-  que o outro faz. 
Ficamos não porque temos consideração ou pena,  a gente só fica quando o conforto é uma constante,  não uma raridade.  
Não vou dizer que é fácil te deixar livre. 
De fato,  nunca é fácil desistir do que se quer. 
Você desistiu de mim de forma seca e firme. 
Você não mais me queria,  mas sabia exatamente o que queria começar  -com outra-  e já sabia há tempos.  Me disse sim que ecoou em centenas de nãos. 
Os nãos sem vírgulas,  pontos,  exclamações,  sem reticências... 
Eles ainda estão soltos na minha cabeça,  mas vai passar. 
Espero que você encontre abrigo e conforto num novo coração que te ame. 
Te desejo reciprocidade. 
Desejo que esse novo lar devolva teu sorriso - que eu nunca consegui tirar desse abismo que você carrega.  Desejo boas notícias pra você, pra mim,  pra nós...

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Do jeito que é...



Cheguei a conclusão de que quero você.  
Sim,  apesar de todos os seus defeitos,  eu quero você perto. 
Não ligo para suas manias, postura errada,  muito menos me importo com sua indiferença- é,  porque você sabe perfeitamente ignorar qualquer pessoa. 
Confesso que me assustei aquele dia em frente ao seu prédio quando,  segundo você,  uma ex namorada insistia com dezenas de mensagens  e ligações.  
Friamente,  de forma seca,  você desligou o celular e seguiu contente comigo naquela noite de domingo.  Talvez isso faz parte do seu show. 
Atiça,  faz a palha pegar fogo,  se queima e cai fora.  
Tudo é uma questão de ignorar a partir de agora. 
Você faz muito bem,  você sabe que faz... 
E eu devo estar muito louca mesmo. 
Apesar de tudo,  quero você exatamente assim.

domingo, 11 de agosto de 2013

Viver é importante



Desejo boas notícias.  
Nada mais sei sobre você,  muito menos sobre sua falta de crença no amor. 
Talvez esteja vivendo só,  como você tanto gosta e faz questão de dizer como é bom viver sozinho.  
Desejo que a palavra superficialidade seja banida do seu vocabulário,  da sua vida. 
Experimente sentir profundo,  gostar inteiro, desejar intensamente. 
Tente viver o que você de fato é.  
Viva o que quiser,  sinta inteiro qualquer sentimento,  sinta por qualquer pessoa. 
Não pense na reação alheia,  os outros vão sempre criticar mesmo. 
Então,  assuma o que você é. 
A vida é só uma e passa tão rápido.  
Aprenda a dizer não e coloque pontos finais nas suas relações.  
Escute,  ouça mais. 
Se não souber responder,  fique mudo,  mantenha-se em silêncio. 
Por favor, não diga nada. 
Só não seja monossilábico. 
Isso incomoda e de certa forma parece até descaso e falta de interesse. 
 Ah,  só mais uma coisa.
 Quando você for sair com alguém,  deixe a preguiça trancada ou então,  coloque- a no bolso e jamais deixe- a à mostra.

sábado, 10 de agosto de 2013

Conto?

Como quem nada espera,  novamente,  aqui estou,  sou e vou. Tenho mantido um ar de tristeza.  Acho que decepção me define melhor. Disse,  repeti - e menti- , dezenas de vezes sobre meu desinteresse amoroso. De fato,  a princípio, eu nada queria. Cansada de tantas expectativas e palavras mentirosas, o que eu mais desejei antes de te encontrar foi apenas um caso ao acaso,  um conto,  um haicai.  Não sei como esse conto pôde dar errado. Personagens superficiais,  banais,  fomos tão normais. Tínhamos tudo para um conto perfeito. Sabíamos desde o início o interesse de ambos.  Tudo sempre esteve muito claro,  escancarado,  evidente.  Ninguém enganou ninguém.  Te disse pra seguir livre,  mesmo querendo te pedir pra ficar. Você me respeitou. Reconheço.  Acontece que eu estraguei cada frase desse pseudoconto. Desde o primeiro dia ao último. Enquanto seus olhos me devoravam naquela creperia,  eu guardava milimetricamente cada traço teu. Simplesmente,  fiz questão de decorar seu jeito,  sua voz,  a forma como me olhava,  um tanto incomodado com meu silêncio depois do amor. Amor?  Não.... só maneira de dizer. Eu só ficava muda porque estava em choque.  Agora você me entende?  Eu não podia estar me apaixonando por você!  E só me dei conta disso quando percebi que nada,  absolutamente,  nada em você me incomodava.  Me perdi entre tantas palavras,  rimas,  quartetos e tercetos de um soneto que fiz só pra você.  Há tempos não escrevia... Você foi além do desejo,  você mexeu comigo e bagunçou minhas palavras.  O que escrevo agora é triste, mas não importa. Melancolia já faz parte de mim. Saiba que você ainda me inspira.
Desejo boas notícias! 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Tudo é ilusão!



De repente,  toda inspiração virou pó.  
Como um vaso de gesso,  uma boneca de porcelana,  um punhado de terra ... 
Tudo o que restou foi uma porção de ilusão em pó.  
Basta um sopro para acabar com qualquer resquício de sentimento.  
Efêmero!
Nada criou raiz. 
O que vivi foi só efêmero...

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Saudade


Acordei com uma saudade inexplicável de você.  
De repente,  tudo que eu estava trabalhando dentro de mim sobre razão desabou. 
Guardo cada detalhe do teu rosto como se fosse um quadro. 
Sei exatamente tuas expressões,  tom de voz,  detalhes que talvez nem você sabe que tem. 
Sinto sua falta.
 Mas já não sei se te quero perto ou longe da minha vida. 
Hoje sou só saudade e transbordo uma dor sem fim no coração. 
 O dia parece bonito lá fora. 
Não vejo graça nem tenho ânimo pra se quer levantar da cama.
 Não volto a dormir porque tenho medo de sonhar com você pela milésima vez.
 Choro. 
Vou chorar tudo até você secar dentro de mim.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Espelho



Ela digeriu a falta de sentimento e aprendeu a conviver com a indiferença. 
Engoliu a amarga frieza, vomitou a secura de espírito e transpirou solidão.
 Decidiu viver assim até nunca mais sentir nada,  nem mesmo frio. 
Aprendeu a lidar com o abandono e se tornou fria,  seca por dentro. 
Achando que era única,  se enganou. 
Era apenas reflexo.
 Lamentável,  mas ele era só o outro lado do espelho.

Terça de Sol

Bom dia. Talvez seja hora de acordar,  sentir o Sol queimar,  pisar descalço.  Tenho inúmeras coisas pra fazer. Acho que vou adiar tudo mais uma vez. Sinto um frio incompreendido.  Aqui da janela do meu quarto dá pra ver a claridade dos raios solares. Não me movo. Talvez seja a hora pra tantas coisas e me encontro assim,  completamente despreparada,  crua,  sem tempero algum. Aos poucos,  dia após dia,  sinto como já não vivesse mais neste mundo. Tudo me parece estranho. É o tipo de constatação que me entristece. Não me apetece um mundo onde as pessoas não se importam com o amor. Mundo tão oco do que realmente é importante. Pessoas frias e extremamente racionais me cercam e tentam de todas as maneiras me enganar.  Sigo sozinha.  Me isolo porque não é boa a ideia de viver cercada por pequenos egoísmos. 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Dai- me paz

Me vi sem máscara. Meu coração,  apenas uma casa cheia de coisas inúteis.  Como a casa dos chamados acumuladores,  assim minha vida se apresentou.  Cheia de pessoas,  sentimentos,  memórias,  resquícios,  pedaços,  algumas incompletudes,  coisas graves. Tenho vivivo esse tempo todo exatamente no meio dessa confusão.  Há tempos tento arrumar a bagunça.  Nunca consegui. Acumulo e tenho dificuldade de deixar ir. Tenho muitas vírgulas e pouquíssimos pontos finais.  Tenho tanto medo de ser abandonada que eu simplesmente acumulo,  como um ímã.  Faço questão de manter tudo e todos por perto.  Deixo ficar até mesmo pessoas e sentimentos que me fazem mal. Fico com eles porque não quero ser deixada. Já perdi tanto nessa vida e continuo com medo de perder. Vivo um descontrole absurdo.  Sou emocionalmente descontrolada e isso reflete até no meu medo absurdo de dirigir.  Como conduzir um carro se não controlo nem mesmo meus sentimentos que são invisíveis? E sou assim desde criança. Sempre tive alguém cuidando de mim. Até meus 15 anos a figura paterna mais forte era meu irmão.  Éramos tão cúmplices. Ele era meu protetor e tinha muito orgulho das minhas conquistas.  Quando ele se foi meu mundo se afundou.  Dez anos desde a sua morte... Ainda hoje sinto uma saudade imensurável. Sinto que cobro de cada relacionamento a ausência do meu irmão.  Cobro todo cuidado,  atenção,  amor gratuito que só ele podia me dar. Por isso me sinto tão frustrada sempre. Nunca ninguém vai me dar amor assim. Isso já entendi. Me vi como uma mercadoria barata que qualquer um pode ter. Que graça tem?  Nenhuma!  Não sou um pedaço de carne,  me fiz pedaço pra ser aceita. E o que importa é isso.  Tenho consciência que sou mais,  sou única e por isso preciso preservar o meu melhor e me valorizar. Tudo vai acontecer naturalmente e no seu devido tempo. Estou em paz. Calma e tranquilidade é o que espero manter.

Indelicadeza

Tem gente que tem o dom de estragar o dia da gente. Pessoas deselegantes logo cedo,  definitivamente,  não tolero. Transpiro ternura e quero receber no mínimo respeito.  Má educação disfarçada de sarcasmo me faz mal. Agora,  neste momento,  sinto esvair- se parte da admiração gratuita,  genuína,  singela,  pura que sinto. Não me agrada saber que a cada dia um pedacinho de você se estilhaça dentro de mim. A ideia de um súbito esquecimento me arrasa!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ponto final

Leva dois foras. Quer mudar de vida. Sai de casa. Vai morar longe. Não pega o carro. Vai de ônibus. O coletivo não passa no condomínio.  Pensa em ligar pra alguém pegá- la. A tim não tem sinal. Vai andando pela BR escura. Sai de casa,  novamente.  Vai à festa pra esquecer o dia anterior.  Dorme fora. Acorda cedo pra trabalhar. Não tem sapato,  sutiã,  blusa... Só tem uma saia e o vestido de festa.  Vai trabalhar com a blusa alheia. Também não levou secador. Compra um novo. Acorda cedo.  Banho demorado,  cabelo limpo,  secador não funciona. Manda mensagem que não devia. Se arrepende. Baixo astral. Chora e irrita a lente.  Cai rímel no olho. Passa o dia com um olho vermelho. Indecisa. Vai ao médico.  Úlcera de córnea. O programa de hoje furou. Não vai mais conhecer um pretendente. Atestado. É proibida de usar lentes. Não tem óculos.  Faz um emergencial.  Só entregam segunda-feira. Faz as malas e volta pra casa. Dia quente. Cerrado pega fogo. Bombeiros alertam: "as chamas podem atingir sua casa".  Deixa queimar...
Minha vida cheia de ponto final virou reticências....