segunda-feira, 28 de maio de 2012

Um pouco de você

Você pensa que está bem, curado, livre de qualquer lembrança e de uma hora para outra... Tibuuum! Explosão de sentimentos, lembranças, cenas, cenários, pessoas... Bem-vinda, nostalgia! Na semana em que completo 26 anos (Oh, meu Deus! É verdade mesmo? É verdade.) recebo de presente um caminhão. Não, não é o caminhão do Faustão. É um caminhão cheio de lembranças, dores, espinhos, feridas não curadas. Não dá para imaginar a cena. Além de dolorosa, essa imagem do horror deve ser nojenta também.
 E por mais que seus amigos digam o quanto você é forte e que você vai dar a volta por cima, nada é capaz de amenizar as contrações do coração. Coração tão machucado... Um verdadeiro sobrevivente! A todo momento parece querer expelir algo, gritar aos quatro cantos essa terrível constatação: Saudade doi.
 Não existe cor para a saudade, nem cheiro... Saudade não é gente! Ou não. Sei lá. Saudade massacra, machuca, castiga, fere... Saudade mexe com seu psicológico. Mexe e te faz revirar todas aquelas lembranças enterradas. E você vasculha tudo, cava e cava com as unhas. Acha uma, cata outra, limpa a terra de mais uma e já era. A tristeza volta com tudo. E não é atração física. É saudade do outro ser. É falta de sentir paz só de ter a presença. É desejo antigo. É excesso de bem-querer.

sábado, 26 de maio de 2012

Lembranças


Eu já não sabia como era passar o sábado de manhã em casa. Acordar tarde, escutar minhas músicas favoritas e simplesmente escrever. E me vendo assim, tão vazia de entusiasmo e coragem, sinto que ainda continuo cada vez mais presa ao fantasma de um passado não tão passado assim. Difícil... Essas coisas do coração não dá mesmo para entender. Mas quer saber? Não sei o que ainda permanece. Talvez seja uma certa nostalgia, uma lembrança boa que estava adormecida e que agora, na semana do meu aniversário, insiste em voltar e ficar. E daqui eu não passo. A muito custo consegui recuperar meu amor-próprio, minha dignidade. Agora não me permito mais escrever para quem não lê. E pouco me importa se ele não se interessa. Na verdade, importa sim. Às vezes,  raras vezes, paro e penso: E se passarmos uma borracha e começarmos do zero? Seria perfeito. Seria... As coisas não são tão simples assim. Infelizmente...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Desabafo

Você vive melhor quando deixa de se importar com DESINTERESSADOS!  Pessoas que não têm compromisso com absolutamente nada não merecem cuidados. Fuja! Corra delas! Falando abertamente, cansei dessa monotonia impregnada na pele, nos ossos, na alma... Cansei!
Não mais esperarei por acontecimentos falidos. Chega! Por hoje chega.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Quebra-cabeças

Estanhamento incomum de coisas normais.
Uma gota d'água fora do mar.
Sozinha...
Com tudo e nada ao mesmo tempo.
Como explicar?
Impossível! 

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Intenso

De pegar fogo!
Não precisa de muito...
É só você me olhar assim tão bobo.
Me derreto e me entrego inteira.
E como uma flecha certeira,
me acerta o coração...
De molhar os cabelos!
Me aperta, me morde, me arranha...
Me deixa no chão...

Fim

Decidida.
Acordei com esse pensamento impregnado.
Deixar de ser, deixar de lado.
Às vezes é preciso matar o amor antes dele nascer.
Afogá-lo em lágrimas
para mais tarde não sofrer.
Necessário.
Eu precisei apagar esse amor incendiário.
Agora, sinto queimando as chamas dentro de mim.
Sensação estranha...
É o fim!

sábado, 5 de maio de 2012

Efêmero


Certeiro como um tiro.
Veio, se instalou e não disse a que veio.
Arrebatou-me de imediato.
Tentação...
Descompassou-me as pernas.
E também o coração - ou não.
Me tomou como refém
de um sequestro longo.
Não queria, evitei...
Síndrome de Estocolmo!


Obs.: A Síndrome de Estocolmo  é um estado psicológico particular desenvolvido por algumas pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Vazio



E é quando você não sente mais nada que bate aquela saudade.
Saudade do que nada foi um dia.
Saudade...
De ter, rever, reencontrar ou até mesmo desencontrar.
Saudade do que nunca tive.
Algo que nem eu sei o que é.
Vazio - É o que existe hoje.
Coração oco de qualquer ilusão.